sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cap 2 - Sarin


Estava finalmente sentada na minha carteira olhando o garoto novo. Qual é mesmo o nome dele? Esquece. Pra minha surpresa ele veio andando na minha direção:

-OI. –Diz ele me encarando com aqueles olhos azuis penetrantes e lindos. Der repente me esqueci de como falar.

-O... Oi! -DESASTRE! Derrubei meu estojo e na tentativa de levantar para catá-los o que caiu tropecei na alça da mochila e cai... Nos braços dele! Nem preciso dizer que fiquei vermelha feito um tomate.

-Você está bem? –Pergunta ele me colocando ereta.

-Sim, obrigado... –Nós abaixamos juntos para catar as minhas coisas, depois de tudo estar no lugar eu agradeci de novo, ele sorriu:

-Te vejo depois. –Ele então foi se sentar e eu também. Antes do sinal para o treinamento anti-bomba tocar vi Kate cochichar algo pra ele. Depois que as aulas inalmente terminaram, esperi todos sairem para diminuir meus riscos de acidentes enquanto saia.

-Oi. Sarín, não é? Eu sou o Leon.

-É... Oi. –Apertamos as mãos e ele começou a falar.

-Eu queria que você me emprestasse às matérias antigas, acho que estou meio atrasado. –Ele colocou uma das mãos atrás da cabeça e sorriu de um jeito lindo, eu respondi um pouco corada.

-Claro. Podemos estudar depois da aula... –Sorri.

-Ótimo. Até mais Sarín! –Ele vai andando de costas, olhando pra mim. Eu queria saber fazer isso sem cair!

Fiquei esperando meu pai chegar para enfim ir embora. Eu tinha de ir à casa do doutor Bryon, pois meu pai iria tratar de negócios com ele, não que eu entendesse algo de negócios, na verdade não faço a menor ideia de porque eu vou com ele.

A tarde não demorou muito a chegar então partimos para a casa do doutor Bryon. preferia não ter ido, já que o negocio era na verdade meu casamento com Still Bryon. Eles pareciam estar fazendo propaganda de um produto, meu pai falava sobre meus muitos talentos e repetia a antiga ladainha sobre a filha modelo que apóia o socialismo. Eu não aguentava ficar nem mais um minuto naquela sala. Então me levante e sorrindo amarelo pedi licença me retirando em seguida.

Fui lentamente para um corredor que dava acesso ao banheiro, mas parei na enorme janela com vista para a rua. Suspirei.

-Que droga! Eu não sou um produto em oferta pra ele me vender! É a MINHA vida. –Parei de resmungar ao ouvir um barulho no teto. Depois de um calafrio corri para a sala onde eles finalmente pararam de falar em casamento e voltaram à política. No meio de uma “empolgante” conversa sobre os novos recrutas da KGB Still chega mascando chiclete.

-Still, filho, venha conhecer a Sarín Guerguiev. –Ele vem de má vontade fingindo um sorriso.

-Muito prazer! –Diz segurando minha mão gentilmente e sorrindo.

-O prazer é meu! –Respondo também sorrindo forçado. Still com certeza era um garoto bonito, com seu cabelo negro pouco acima dos ombros, olhos escuros e um jeito encantador (mesmo fingido), mas não era pra mim. Tem que ter um jeito de me livrar desse casamento arranjado.

Terminado o dia fui para casa com meu pai. Eu, ele, meus irmão e mãe sentamos a mesa para jantar e adivinha o assunto! Meu casamento.

-Filha! Vai ser o acontecimento do mês! Não! Do ano! Do milênio! Você vai ser uma linda noiva. Vamos ver seu vestido, igreja, penteado... –Ela continuou tagarelando e eu forçando um sorriso. É muito difícil sorrir quando se quer chorar.

-Com licença. Hoje o dia foi muito longo... Será que eu posso ir me deitar agora papai?

-Claro, filha. Durma bem.

-Boa noite. –Subi as escadas quase caindo por causa da velocidade. Lavei o rosto e escovei os dentes. Sentei numa cadeira perto da janela e olhando as estrelas daquela noite fria deixei algumas lagrimas escorrerem esboçando a tristeza de meu coração.

-Still Bryon... Isso não vai dar certo... Não posso me casar com ele! Quando me casar quero que seja com alguem que eu ame! Quero me apaixonar de verdade!

Um comentário:

  1. baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaka ¬¬
    e desastrada!! u.u
    Celiiiiiiiiii comenta no meu? *-*

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