sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cap 22 - Sarin



Tudo aconteceu rápido demais. A "morte" de Daniel, o meu casamento, Daniel me salvando do casamento, a briga entre a CIA e a KGB por minha causa, a morte de Emily. Se eu estou confusa, imagina como está a cabeça dele. Eu nunca imaginei perder minha mãe, mas se acontecesse comigo choraria durante um mês.



Queria me comunicar com Daniel, mas não sabia o que dizer. Eu nunca perdi minha mãe, ou meu pai (que mesmo sendo um idiota continuava a ser meu pai), não sabia o que dizer, nem como dizer.

O clima no avião estava péssimo. Ninguém falava nada. Kate observava alguma coisa invisível no céu, Jane abraçava os joelhos escondendo o rosto e Jonh a abraçava. Daniel olhava pra lugar nenhum, meio lúcido, meio dormindo, deixando poucas lágrimas escaparem. Eu me acomodava em seu abraço chorando por ele.

Chegando ao aeroporto fomos direto para o necrotério deixar Emily. O corpo só seria liberado para o enterro no dia seguinte. Voltamos ao carro e seguimos pra casa sem dizer palavra alguma. Daniel foi direto pro quarto e eu atrás dele.

-A culpa foi minha. -Disse quando ficamos a sós. Não sabia o que dizer, mas era isso o que sentia. Eu só queria que ele dissesse alguma coisa.


-Eu sei... Quer dizer... Não! Jamais. -Disse ele aproximando-se de mim e me olhando nos olhos. -Estou confuso, foi tudo muito rápido.

-Eu sei... Mas se você não tivesse ido me buscar...

-Eu teria cometido o maior erro da minha vida. -Sorri.

-Você deve querer ficar sozinho... -Disse indo em direção a porta.

-Pelo contrario. Preciso de você mais que tudo. Afinal, a culpa foi sua. -Disse ele tentando sorrir com a brincadeira. Nos deitamos e eu fiquei em seu colo enquanto ele acariciava meu cabelo. Acho que estava lembrando da mãe.

No dia seguinte, a tristeza pareceu maior. Todos, até mesmo Jane estavam chorando, seguimos tristes no carro até o local onde o corpo seria velado.

-A culpa foi minha. -Disse Jonh -Falei as coisas uma atrás da outra, o divorcio, meu casamento com Jane... -Daniel fez menção de interrompe-lo, mas eu fui mais rápida. a culpa era minha.

-Parem! Ela não iria gostar de vê-los chorando e se culpando pela morte dela. A Emily que conheci, mesmo que por pouco tempo, não gostava que ninguém sofresse, ela sorria mesmo magoada, apenas para que ninguém ficasse magoado também.

-Amor... -Tentou Daniel.

-Deixa eu falar! -Disse e ele se calou. -Pensem que agora ela está em um lugar melhor. E lembrem-se dela como ela era, sorridente, alegre, contagiante... -Todos abaixaram a cabeça tentando sorrir.


Chegando ao cemitério nada correu como eu tinha dito. Daniel desabou no choro. Acho que essa seria a 1ª e última vez que iria vê-lo chorar. Mas era até compreensivel, era a mãe dele que estava sendo velada naquela sala com velas brancas. O padre presidiu uma pequena missa e depois Jonh e uns outros homens que eu não conhecia levaram o caixão. Jonh não tinha deixado Daniel ajudar porque o médico o proibiu de fazer esforço, e descobri também que ele tinha fugido do hospital, mas isso não vem ao caso.



Eu podia ver que Daniel sofria por dentro. Sua respiração estava forçada, o corpo parecia pesar, e ele tinha os olhos opacos, quase sem vida, como se estivesse em outro mundo.


-Daniel... -Chamei-o só pra verificar se ainda estava lúcido.

-Eu. Estou. Bem. Só estou pensando. -Murmurou ele com um fiapo de voz que quase não saiu. Não acreditei muito naquela desculpa, mas...

-Estamos aqui reunidos em nome do senhor para rezar pela alma de Emily Longbutton, essa pessoa muito especial que partiu desta vida antes do esperado, deixando muita saudade no coração de seus entes queridos. Sabemos que ela estará bem onde ela estiver, estará feliz, sorrindo e olhando por nós. -Disse o pastor em inglês, pelo menos eu acho que foi isso... É como eu imagino que seja.


-Amen. -Responderam todos. A chuva começou fina e depois do enterro aumentou fazendo todos abrirem os guarda-chuvas. A grande maioria dos presentes já tinha falado com Daniel e Jonh e já haviam ido. Agora só eu e Daniel ficamos pra trás. Abracei Daniel, mantendo-o debaixo do guarda-chuva. Ele sorriu.


-Já volto. -Disse e correu na chuva até a sepultura da mãe, ajoelhou-se e depositou uma rosa vermelha sobre a terra úmida. Depois ele veio até mim me abraçando. -Vamos pra casa. Mamãe precisa descansar. - Achei a frase meio sarcástica, mas não ri.

Chegando em casa constatei que estávamos sozinhos. Fomos até o quarto onde ele me "jogou" no chão e começou a me beijar.



-Chão?



-É. -Disse ele sem parar os beijos.



-Beijo?


-O que houve? -Perguntou agora me olhando.


-Enjoo. -Disse empurrando-o e correndo pro banheiro.





Será que...

The end

cap 21 - Leon


Consegui chegar até a escada do jatinho puxando Sarin e disparando alguns tiros, 2 agentes nos deram cobertura até lá. Empurrei Sarin pra que ela subisse na minha frente e de mãos dadas a ela fui atrás. Kate e meu pai estavam um em cada ponta, Jane subiu atrás de nós na escada, protegendo nossa retaguarda e minha mãe ficou do lado da escada. A propósito, o que minha mãe estava fazendo ali?

-Jane! -Meu pai e Kate gritaram juntos, eu e Sarin olhamos pra trás a tempo de ver Marrie disparar contra nós. Foi como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta. O tiro. Kate e Sarin gritando. Minha mãe entrando na frente do tiro e caindo nos braços de Jane. Meu pai atirando em Marie que cai após ser atingida. Sarin me puxando pra dentro do jatinho. Tudo voltou a velocidade normal quando entrei no avião, porem a cena parecia distante.


Todos estávamos a salvo no avião que decolava. Minha mãe desacordada no chão sangrava muito, Kate e Jane tentavam fazer ressuscitação cardíaca e estancar o sangue. Meu pai pegava toalhas, agulhas, etc. E Sarin ficava a meu lado. Tudo escureceu.


-Ela... Está morta. Não há mais nada a fazer. Pegou no coração. -Não sei quem falou isso. Só sei que cai sentado em uma poltrona. Nem ao menos sei se perdi a consciencia. Tudo parecia muito longe, muito irreal. Meu pai levou o corpo de minha mãe para o fundo do avião, Jane cobriu-o após estancar o sangue, e Kate limpou o resto do sangue que tinha pingado pelo avião. Logo depois meu pai sentou-se a meu lado.


-Você está bem? -Não consegui responder. Apenas olhava o vazio. Ele suspirou e mediu minha pulsação. Só depois de algum tempo que me dei conta que Sarin estava a meio lado, chorando com a cabeça em meu ombro. Eu sabia o que estava acontecendo, mas os fatos não se organizavam no meu cérebro. Estava tudo muito distante.


Minha mãe tinha morrido? Ela nem devia estar ali! Era arquiteta, não agente secreta! Era pra ela estar em casa nos EUA! Não na Russia, no meio de uma guerra! Por que?! Ela que não tinha nada haver com isso! Minha mãe não podia estar morta! Não! Não era real! Não podia ser. Toda essa tristeza... Era um pesadelo. Só podia ser. Eu preferi me render ao mundo dos sonhos bons.


Nos meus sonhos a infância voltava a tona. Eu podia ver um garotinho quase loiro com os olhinhos azuis brincando num balanço de pneu com uma linda moça vestida de branco, a moça tinha cachos negros presos em um coque e os olhos azuis permaneciam fechados enquanto sorria empurrando a criança.


-Mãe! Mãe! Mais rápido! Vou tocar o céu!


-Há Há Há! Traga um pedaço de nuvem pra mim! -Divertia-se ela.


Depois uma cena mais próxima tomou meus sonhos...


A despedida


-Mãe! Eu não quero ir pra Russia! Não ligo pra essa droga de CIA!


-Filho... Vai dar tudo certo. É só por um ano.


-Mãe.


-Por favor... -Ele respirou fundo cruzando os braços e ela o abraçou sorrindo.



O reencontro



Revivi a cena de quando cheguei com Sarin no saguão do hotel em Vegas. O jeito como ela me abraçou.


-I missed you my Dan... -Foi o que ela disse.


-Missed you too mom... -Respondi.


A morte


Essa não! Essa cena eu não queria reviver. Não queria vê-la morrendo, vê-la sangrando... Tudo ficou escuro e uma última cena passou por minha mente antes do despertar... Uma que ficou nas lembranças mais profundas... Naqueles que nem mesmo sabia que tinha.


Vi a mãe cuidadosa ninar o filho na cama. Ela cantava sussurradamente uma doce melodia fazendo o pequeno dormir tranquilo.


Abrindo meus olhos para o presente vi Sarin inquieta a meu lado, as lágrimas a pouco haviam deixado a maquiagem borrada e o nariz e olhos vermelhos. A abracei mais fortemente.


-Durma meu amor. Vai ficar tudo bem. -Ela também me abraçou forte escondendo o rosto em meu ombro. Comecei a cantar em Russo a canção dos meus sonhos. Aquela que minha mãe cantava quando eu era pequeno:


"Durma meu anjo. Durma meu amor. Sonhe com um mundo melhor. Tenha paz a seu redor. Veja as estrelas e sinta a luz da Lua. Vou cuidar de você. Durma meu amor. Durma meu anjo."


-Durma, my little angel. -Ela adormeceu em meus braços e eu zelei por seus sonhos.


A lembrança de minha mãe ainda rondava minha memoria. Tudo parecia bem quando eu via outra vez seu rosto de ninfa. Minha mãe realmente nunca pareceu desse mundo. Ela parecia mais com aquelas ninfas de livros infantis. Aquelas boas que moravam numa floresta... Ou em alguma ilha deserta. Seus cachos negros caiam levemente pelos ombros e o rosto era quase angelical... Sim era isso. Eu preferia pensar que minha mãe tinha finalmente voltado ao mundo a que sempre pertenceu. O mundo dos sonhos bons... Onde tudo pode acontecer. Ela tinha voltado a ser a princesa que mora em um castelo encantado junto com as ninfas.


cap 20 - Leon


Estava tudo tão escuro, eu não enxergava um palmo a minha frente, me sentia estranho, desconfortável, um barulho de água pingando me deixava irritado. Aos poucos consegui abrir os olhos. Claridade incomoda! Era tão diferente da escuridão onde me encontrava. Pisquei os olhos tentando enxergar um bolo de figuras falantes no canto daquela sala branca. Descobri que o barulho da água pingante era o soro ligado a meu braço direito. Tentei me mexer ao ouvir o som de uma voz estridente, irritada e conhecida. Kate parecia discutir com Jane e meu pai.


-Ela foi embora! Depois de tudo o que ele fez por ela! A Sarin o deixou sozinho pra morrer! Quem ela pensa que é... -Sarin... Kate estava zangada com a Sarin porque ela... Ela foi embora. Não! Não! Tentei levantar. Péssima ideia. Foi como se a gravidade pesasse uma tonelada. Meu corpo inteiro doeu.


-Sarin... -Era pra ser um grito, mas se pareceu com um sussurro. Foi o suficiente pra todos virem pra perto de mim. Todos, menos quem eu queria. Onde ela está?! Não conseguia dizer, não conseguia levantar. O monitor cardíaco esboçou a inquietude da minha mente.


-Calma filho... Calma... -Meu pai pôs as mãos em meus ombros fazendo-me permanecer deitado. Ele não iria dizer nada. Olhei para Kate nervoso. Ela olhou para Jane e se aproximou, segurou minha mão.


-Eu conto, mas você tem que ficar calmo. Se botarem mais remédio nesse troço você vai pro caixão.


-Kate! -Jane e meu pai a repreenderam. Eu respirei fundo e me acalmei um pouco. Ela suspirou.


-Conte... -Minha voz estava fazia, perdida.


-Ela foi pra Russia. -Disse Kate e foi interrompida por Jane.


-Pensou que estivesse morto. -As duas começaram a falar uma após a outra, como se discutissem.


-Vai se casar!


-Foi enganada!


-Foi idiota!


-Estava triste!


-Chega! Estão deixando-o agitado. -Silenciou-as meu pai antes que me deixassem louco. Pelo que eu entendi Sarin estava triste porque alguém disse pra ela que eu estava morto, então ela foi pra Russia se casar porque é idiota! Faz sentido. Não! Ela não pode se casar! Ela é minha esposa! Parei de respirar, meu cérebro estava a mil, meu coração acelerou.


-Calma. -Os três disseram juntos. Respirei fundo. Tentei comunicação através do olhar com Kate. Deu certo, mas a reação não foi a esperada.


-Nem pense nisso! Você vai ficar ai quietinho. Vai se recuperar!


-Please... -Tentei convencê-la, mas meu pai intercedeu por ela.


-Daniel! Não pode nem se mexer, quanto mais ir sequestrar a Sarin. -Droga! Ele tinha razão. Olhei para Kate com o canto dos olhos. Ela estava muito zangada. Virei o rosto pro lado e fingi dormir. Achei que todos haviam saído então abri os olhos encarando o dia escuro lá fora.


-O casamento é em 3 semanas. Se estiver bem o suficiente até lá eu ajudo você. -Disse Jane sorrindo a meu lado.


-Obrigado... -Tentei sorrir também.


___// Alguns dias depois //___


Era mais fácil bolar um plano com alguém que basicamente controlava a CIA. As únicas coisas que tive que fazer foi me recuperar e guardar segredo. Estava bastante frio e o casamento da Sarin seria no dia seguinte. Eu não usava mais nenhum aparelho e não sentia mais dores, mas segundo o médico eu não podia fazer muito esforço físico.


Jane invadiu meu quarto de madrugada e me jogou um sobretudo. Calcei o ténis escondido debaixo da cama e segui Jane pelos corredores do hospital enquanto ela me explicava o plano.


-O carro está te esperando na porta. O motorista vai te levar direto pro aeroporto, de lá para Russia, assim que desembarcar outro motorista vai te levar direto pra igreja. Os agentes da CIA estaram fazendo sua segurança, então se houver algum problema não se preocupe, apenas pegue Sarin e leve-a pro aeroporto. Os agentes cuidaram do resto. Alguma duvida? -Eu entrei no carro.


-Não. Jane! Obrigado. -Sorri e ela retribuiu. Assim que fechei a porta o carro arrancou rapidamente. No avião tinha uma calça cumprida e uma camisa de manga, pra eu não ficar com a roupa do hospital. Me troquei e esperei a aterrisagem.


Chegando na Russia fui direito pro carro que me levou a igreja. As portas estavam fechadas e dois agentes da CIA já esperavam para arrombá-la pra mim. Respirei fundo. Estava na hora.


-Sarin!! -Gritei, a porta foi arrombada na mesma hora em que corri pra lá. entrando assim na igreja. Todos olharam pra mim parado na porta inclusive ela que levou as mãos a boca e depois segurou a barra do vestido correndo para meus braços e chorando.


-Você... Eu... Pensei que estava morto! Daniel! -Ela me abraçava com força enquanto eu a segurava.


-Solte a minha filha agora! -Ops! Ela me soltou para encarar o pai.


-O senhor mentiu pra mim! Eu te odeio! -Os agentes da CIA de da KGB se movimentaram. Peguei Sarin pela mão e corri com ela pro santíssimo, já que a porta havia sido bloqueada. Pulamos pela janela e eu a segurei para que não caísse. Entramos no carro, que mais uma vez em alta velocidade correu para o aeroporto. No carro ela se deitou em meu ombro sorrindo.
-Eu fiquei com tanto medo. Pensei que não iria vê-lo nunca mais. -Sorri.


-Não vai ser tão fácil se livrar de mim, sua boba. -Disse beijando seus cabelos.


Chegando no aeroporto os agentes tanto da CIA quanto da KGB nos aguardavam.


-Que ótimo, temos uma comitiva! -Disse eu.


-O que? -Disse ela olhando para os agentes que lotavam a pista de pouso. -Daniel... Eu te amo! Mas... Isso tudo... Vai provocar uma guerra. Alguém pode morrer. Você...


-Shhh. -Pus dois dedos em seus lábios. Calando-a. -Não vou deixá-la. Nunca! -A beijei pegando a pistola debaixo do banco com uma mão e a mão dela com a outra corri com Sarin para o "campo de guerra" que tinha virado o aeroporto.

cap 19 - Sarin


Abri os olhos depois que senti bater em alguma coisa. Krisher tinha me pego no colo.


-Você está louca?! Se atirando da janela desse jeito!




-Vamos embora. Por favor. Não aguento mais ficar aqui.



Krisher parecia imovel mesmo em movimeto. Ele era meu irmão mais velho e por isso me levava no colo e carregava minha mala ao mesmo tempo. Eu acabei adormecendo enquanto chorava em seus braços.





Acordei depois de o avião ter levantado voo. Krisher ainda me segurava nos braços.




-Já estamos chegando. Como você está?




-Eu... Vou me casar com Still... -Disse.


-Mas, Sarin. Tem certeza? -Perguntou ele apreensivo. Fiz quem sim com a cabeça, mesmo meu coração dizendo o contrario.


-Ele... O Daniel... Já morreu? -Perguntei entre lagrimas. Meu pai me olhou voltando a suar. Respondeu cautelosamente apenas em um susurro.


-Sim. -Senti como se aquele sim não fosse minha confirmação e sim minha sentença de morte. Na verdade era isso memso. Minha vida acabava ali, junto com a de Daniel, eu nunca mais o veria. Meu coração estava esmagado.


Assim que desembarcamos na Russia fomos direto para casa, evitando os fotografos.


-Não perca as esperanças. -Disse Krisher. Tentei sorrir e subi pro meu quarto.



Esperanças... Não havia mais em que ter esperanças. Quando o mundo acaba não existe uma esperança... Não havia mais vida pra mim, eu não tinha mais um proposito.


Este mundo é apenas abitado por mim. Não é mais meu mundo, é meu pessadelo. Um pessadelo do qual não posso fugir, nem acordar. Antes era um sonho onde no final meu principe encantado chegava. Não. Esse já não era possivel, já não existia. Por que? Porque o meu principe já tinha deixado esse mundo. E as esperanças? Essas foram vencidas pelas sombras. Já não havia mais dia, nem luz. Meu mundo se tornou um breu.


-Posso entrar? -Pergunta minha mãe sorrindo ao entrar em meu quarto.


-Claro. -Disse e ela se sentou na cama a meu lado.


-Sarin, eu não quero que fique assim. -Disse ela.


-Mãe. Não me diga isso. Não sabe pelo que estou passando. Não sabe tudo o que vivi com Daniel. O quanto aprendi com ele. -Ela corou.


-Sim, filha, eu sei. Eu também já passei por isso. -Olhei-a assustada.




-Como?


-O nome dele era Liksher. Gentil, carinhoso, tinha acabado de voltar da França. Naquela época eu fui tão irresponsavel, a ponto de quase fugir com ele pra lá. Mas não fiz isso. Não consegui. Sofri muito antes de me casar com seu pai.


-Mãe... -Deitei-me em seu colo. Eu não fazia ideia.


-Você vai esquece-lo. Com o tempo. -Disse ela. Ascenti e adormeci.



Sonhei que estava muito frio, eu estava no meio da neve branca, a meu redor haviam manchas de sangue no chão. Eu estava acorrendata, ventava muito. Daniel estava mais a frente pálido e com uma capa negra esvoaçante.



-Por favor. -Pediu ele sorrindo enquanto se afastava. Tentei segui-lo, mas as correntes me mantiam presa ao chão. Era exatamente o que era estar viva pra mim. Estar viva era não poder seguir Daniel, era estar presa em um mundo podre. Depois de tentativas frustradas de segui-lo uma grande tempestade de neve cobriu tudo. Acordei assustada. Eram apenas 2 da manhã.



Eu me casaria dali a 3 semanas. E o sonho pernameceu por todo o tempo de espera.



3 semanas depois...



-Você está horrivel, não sei se pó de arroz vai ajudar. -murmurou minha mãe atacando meu rosto com tonelas de pó de arros, sombra, blush... As úbicas cores que ela me deixou escolher foram a do lápis de olho e da sombra bem escuros. Ela me vestiu como se o fize-se com uma boneca, fez do jeito que bem entendia. Vestido de mangas cumpridas e repleto de pequenos brilhos, sapatilhas brancas com um pequeno salto, meu cabelo em um coque magestoso no alto da cabeça prendendo uma tiara com um daqueles veus que cobriam também o rosto. Eu estava "pronta". Suspirei prendendo as lagrimas enquanto lembrava de quando ia me casar com Still... Se pudesse acontecer de novo. Se ele pudesse mais uma vez se disfarçar e pular o altar me roubando... Seria... Maravilhoso.



Depois lembrei de meu casamento com ele, meu único e verdadeiro amor. Eu nunca iria esquecê-lo. Nunca iria deixar de pensar nele e nem de quere-lo de volta. Ele foi e sempre será o único em minha vida. O único que amei de verdade.


-Vamos se anime! Não fique ai se lamentando. -Disse meu pai sorrindo na porta da igreja enquanto pegava meu braço. Dei um sorriso forçado e as portas da igreja foram abertas. -Você parece um anjo. -Anjo... Era como ele me chamava...


-Anjo, era a pessoa com quem fui casada. -Respondi fazedo-o fechar a cara. Não podia evitar. Era nele que eu pensava todo o tempo.


Entrei na igreja ao som da marcha nupsial, que pra mim parecia mais uma marcha funebre. Andei como que para morte até Still... Mas não era ele que abitava meus pensamentos. O único que tinha um lugar na minha cabeça e no meu coração era ele... O meu Daniel. Deixei uma única lagrima solitaria escorrer por minha face ao pensar em seu nome. Em seu sorriso. Tudo... Tudo tão perfeito... Angelical... Era assim que eu lembrava dele... Daniel... Meu único e verdadeiro amor.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

cap 18 - Sarin



-Daniel?! -Acordei com uma luz branca quase me cegando. Estaria eu no céu? Tentei levantar, mas derrubei uma mesinha com rémedios.


-Sarin, filha tudo bem? -Disse meu pai deitando-me. Eu estava bem. Só queria saber onde Daniel estava!



-Cadê o Daniel?





-Er... Vou avisar a alguém que você acordou.



-Cadê o Daniel?! -Gritei.




-Ok. Vem comigo. -Disse ele ajudando-me a levantar. Chegamos na frente de uma janela gigantesca que dava pra um quarto com uma cama no centro, na cama estava Daniel. Quase quebrei o vidro.




-Papai! Me diga que ele está dormindo!



-Filha....




-Não fale mais nada.




-Esse ali não é o Daniel.




-Você quer dizer que eu estava chorando por um cara que eu não conheço?



-É.


-Mas cadê o Daniel?!




-No CTI.




-CTI?! -Corri para aquele hospital. Eu sabia muito bem o que aquelas siglas significavam! Daniel estava muito, muito mau! A culpa foi minha, eu não devia ter soltado o volante! Que tipo de idiota eu sou?! Vi Jonh saindo de um quarto no CTI e entrei neste. Deitado na cama estava Daniel. Vários fios e tubos passavam por ele...



-Daniel, meu amor?!




-O...O...Oi... -Disse ele ainda fraco. -Comecei a chorar e me ajoelhei perto da cama com medo de esbarrar em alguma coisa.




-Você vai sair daqui Ok? Ai nós vamos fugir!




-Sa... Sarin... Não perca seu... tempo... comigo... Fique... Com... Still. -disse ele quase desmaiando.




-Não! Não vou te deixar! -Segurei com força a mão dele, e então ele desmaiou. Sem poder falar mais nada fiquei a seu lado por todo o tempo. Mais exatamente 3 dias.




-Sarin...?





-Oi. Levantei da cadeira e com cuidado me sentei ao lado dele na cama acariciando seus cabelos.





-Vo... Você já... Casou?





-Já disse pra parar de palhaçada! Eu sou casada com você!





-Não... é... Pa... lhaça...da... -Não sei se eu podia fazer isso, mas debrucei sobre ele e o beijei.





-Já disse que vou ficar com você seu bobo. -Ele suspirou e voltou a dormir.





Daniel tinha quebrado um braço, duas costelas e sofrido uma leve fratura na cabeça, eu tinha sofrido apenas algumas escoriações e torcido o punho, nada demais. Mas como o caso dele era "um pouco" mais grave que o meu fiquei mais de 1 semana no hospital com ele. Além de muita morfina ele teve de imobilizar o braço e o tórax e tinha alguns ferimentos pelo corpo e perna.


Ele ficava quase o tempo todo dormindo e depois fui saber que a causa era a morfina, cuja a qual foi colocada demais, o que acarretava em um risco de piorar seu estado de saúde já debilitado. Fiquei sabendo também que eu tive uma pequena hemorragia externa quando cheguei ao hospital enquanto a dele era interna, isso provavelmente ia fazê-lo entrar em coma. Fiquei com medo. Eu não queria perdê-lo.


Parei de ouvir as conversas entre Jonh, meu pai e os médicos e me concentrei em Daniel. Eu não podia acreditar que dali a algum tempo ele podia entrar em coma. Chorei só de pensar na possibilidade de perdê-lo, de vê-lo daquele jeito. Tudo era minha culpa! Eu me sentia uma completa idiota fugindo da verdade todo aquele tempo. A verdade. A última coisa que ele me pediu, a única coisa que ele me pediu. Ele queria que depois de sua morte eu me casa-se com Still.



-Sarin, posso falar com você?! -Disse meu pai entrando no quarto.



-Sim. -Disse indo com ele pra uma parte mais vazia do corredor. Ele respirou fundo, estava pálido e suava.



-Filha, Daniel está morrendo. Os médicos não conseguem controlar a hemorragia interna e já foi usada muita morfina. Eu não quero que você veja isso. E alem do mais, você tem que se alimentar. -Disse ele.



-Não estou com fome. -Tentei debater.



-Não se trata disso! Olhe pra você! Está magra feito osso! Não pode continuar assim, não pode continuar aqui. -Olhei para mim mesma. Estava magra, os cabelos bagunçados e possivelmente com olheiras gigantescas e pálida. Suspirei.



-OK. Vou com o senhor. -Murmurei. Ele suspirou de alivio.



-1º vamos comer. Depois que você arrumar suas malas vamos voltar para Russia. -Fiz que sim com a cabeça e segui com meu pai pra lanchonete. Comemos um lanche qualquer e partimos pra casa de Jonh.

Ao entrar vi Kate e Krisher se beijando perto da parede. Ela afastou-o e falou comigo.

-Desculpe, Sarin. Como está o Daniel?

-Indo. -Respondi rápido e subi. Agora tudo estava acabado. Peguei minhas roupas jogando-as de qualquer jeito na mala enquanto tentava segurar as lágrimas. No armário, agora, só estavam as roupas dele, foi ai que vi uma pequena caixa no chão do mesmo. Sentei no chão e abri-a. Dentro estava uma foto dele colada a minha. Separei-as agora sem segurar as lágrimas, rasguei as fotos em pedacinhos jogando-as no chão. Agora eu não conseguia mais abafar o choro. Fechei a mala com raiva enquanto Kate batia na porta.

-Sarin? Posso entrar? Sarin! -Taquei a mala da janela e olhei para porta. -Sarin! Abra ou eu vou arrombar.

-Não quero! -Disse e olhei para a janela. Era agora ou nunca. Corri e me joguei da janela.

Na certa eu morreria... Isso não seria tão ruim... Morrer... e... Me... encontrar... Com....
...
...Daniel

cap 17 - Leon


Acordei antes de Sarin então preparei um maravilhoso café da manhã pra ela, ao terminar fiquei esperando-a acordar, pois fiquei com muita pena de acordar "my little angel".


-Bom dia! -Disse eu assim que ela acordou, e sem deixá-la responder a beijei. -Preparei o café da manhã.


-Por que não me acordou antes? -Perguntou ela ainda meio sonolenta.


-Fiquei com pena... Você fica tão linda dormindo... -Ela sorriu, eu desci as escadas pra pegar o café e levei até ela no quarto.


-Nossa! Você caprichou mesmo! -Disse ela me dando um beijo. Comemos e depois de nos arrumar fomos pra casa do meu pai.


Chegando lá todos estavam alegres e festejando, exceto meu pai, então me aproximei dele no canto onde ele estava.


-O que houve? -Perguntei.


-Nada. Vá curtir a sua festa. -Respondeu ele.


-Pai, te conheço desde que me entendo por gente.


-É, não tem como esconder nada de você.


-Isso! O que houve? Fala logo!


-Er... Eu te amo. -Serio me surpreendi com a resposta.


-PAAAI!! -gritei. -Fala logo!


-Tá bom! bzbzbzbzbzbzbz -Sussurrou ele, mas eu não entendi nada!


-O que?


-O pai da Sarin vai chegar amanhã de manhã cedo. -Agora eu entendi!


-O que?!


-Daniel! Pare de escândalo. O que é que você vai fazer agora?


-Você não tem nada em mente?


-Não você não tem?


-Pai! Você como agente da CIA deveria ter algo em mente!


-Eu sei! Vai curtir sua festa que eu vou pensar em algo.


-OK. Valeu pai. -Tentei me divertir na festa e no final fui falar com meu pai.
-E ai pensou em algo? -perguntei.
-Sobre?
-PAAI!
-Ah, tá. Não. -Jane puxou ele pra cima.
-Pai!
-Boa noite! -Gritou ele já do alto da escada.
-Vamos? -Perguntou Sarin a meu lado.
-Sabe, amor, eu acho melhor dormimos por aqui hoje. Está meio tarde...
-hmm. Ok. -Eu a levei até o quarto de hospedes e corri pro quarto da Kate.
-Kate! Kate! -Bati na porta.
-O que foi?! -Disse ela abrindo a porta. A empurrei entrando no quarto e fechando a porta.
-O pai da Sarin chega amanhã e eu não sei o que fazer!
-Krisher!
-Se concentra!
-OK. É só você... Ai depois...
-ãhn?!
-Não sei!
-Quanta ajuda!
-A é! Então fala ai o seu plano, mestre.
-Eu não sei...
-Hmm... Já sei! -Ela me olhou com superioridade. -Vocês tem que fugir!
Ela tinha razão. Era o único jeito. Voltei pro quarto e Sarin dormia feito uma pedra. Sorri.
-Sarin, amor. Acorde!
-Daniel?! O que houve?
-Nós temos que ir, amor. -Disse acariciando seus cabelos.
-Mas você não disse que íamos dormir aqui?
-Nós vamos fugir.
-Fugir? Por que? Pra onde?
-Não há tempo para explicações.
-Tá. -Estávamos saindo do quarto quando ouço um estrondo, todos acordaram.
-Todo mundo no chão! -Era Marrie que tinha arrombado a porta e invadido a casa, possivelmente com parte da KGB.
-Filho pegue Sarin e sai daqui! -Disse meu pai descendo pro 1º andar junto com Kate e Jane, todos já armados.
-Adeus. -Disse e segurando Sarin pela mão corri pra janela. Pulei levando Sarin junto. é óbvio que ela não conseguia pular sem cair então puxei-a pra cima de mim, e isso acabou quebrando meu braço. Não dava pra dirigir então Sarin teve que fazer isso. -Você vai ter que dirigir!
-Eu... Eu o que? -Perguntou ela.
-Vai. Rápido!
-Tá bom. -Entreguei-lhe a chave do carro do meu pai e ela sentou no banco do motorista.
Em menos de 1km a garota já tinha atropelado 3 ratos, quase bateu em 1 árvore e fora as pessoas que fugiram. Eu realmente não estava normal quando pedi a Sarin pra dirigir.
-Calma Sarin! Ai!
-Tenho que te levar pra um hospital.
-Não! Vamos pra um aeroporto.
-Não! Vamos pro médico! -Por que as mulheres são tão difíceis?! Era só dirigir pro aeroporto.
-Sarin Guerguiev! Quantas vezes eu já disse que sua carteira é só de enfeite?! -Era o pai dela que gritava no carro de trás dirigido por Ale. E seguindo este estava o da Jane com meu pai no carona.
-Só enfeite?! -Disse.
-Surpresa! -Respondeu ela. -Mas pra 1ª aula eu to 10, ?!
-Ok. Corre mais! -Disse.
-Viu pai! Eu sei dirigir! -Gritou ela pondo a cabeça pra fora.
-Sarin Guergiev! -Gritou ele.
-Esqueceu o Longbutton! -Pus o braço bom pra fora e atirei nos pneus dianteiros dele.
-Daniel! -Disse Sarin preocupada.
-Foram só os pneus...
-A tá. Espera! O carro vai bater ?
-É mas eles não vão morrer.
-Mas vão se machucar.
-É...
-Daniel! Você é um incensivel! -Disse ela cruzando os braços, ou seja, soltando o volante.
-Sarin!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

cap 16 - Sarin


A noite voltamos ao hotel. Nos dividimos em 2 pra cada suite, Eu e Jane na 102, Leon e Jonh na 104 e Kate e Emilly na 101. Chegando ao quarto fui tomar um longo banho pra relaxar um pouco, lavei os cabelos, penteei-os e sequei com uma toalha, depois vesti um roupão e sai do banheiro, mas ao invés de Jane, deitado na cama de casal estava Leon só de box lendo uma revista. Ele me olhou e sorriu deixando a revista de lado.
-Oi. Eu troxe morangos com chantily. Você gosta?
-Claro... -Eu fui me sentar ao lado dele e ele me deu um morango com chantily, porem eu acabei me sujando. Ele riu.
-Deixa que eu limpo... -Ele pos meu cabelo atras da orelha e tentou beija o canto da minha boca que estava sujo, mas em um impulso involuntario me afastei caindo da cama. Leon tentou me segurar, mas acabou pegando a faixa do roupão, eu cai e levei a vasilha de morangos juntos. Resultado: Agora não era só minha boca que estava suja. Ele sorriu debruçado na cama.
-Você não mudou nada. -Ele então ficou de pé à meu lado, eu já não me importava mais com o roupão aberto.
-E isso é bom ou ruim? -Ele deitou por cima de mim e beijou minha barriga pra tirar o chantily.
-É otimo. -Respondeu fazendo uma trilha de beijos até minha boca. Ele passou o braço pelas minhas costas, me levantando sem parar os beijos me pos na cama e deitou-se por cima de mim. Não vou mentir, eu adorava estar nos braços dele, mas tinhamos que ter alguns limites.
-Leon... Espera...
-Leon não! Daniel. -Eu devia saber que não daria certo, ele continuou a me beijar.
-Daniel... Daniel... Espera... -eu com certeza não tinha força suficiente para tirá-lo de cima de mim, mas assim que eu empurrei de leve os seus ombros ele se afastou.
-Esperar? -Perguntou ele me olhando gentilmente. Beijei-o de leve.
-Só até o casamento... Quero fazer algo especial. -Disse corando.
-Como quiser. -Ele beijou minha testa e deitou-se a meu lado.
Tive que ter muita força de vontadse para levantar e ir limpar o resto do cjantily antes que Daniel se oferesesse para limpar pra mim.
Quando voltei já estava de camisola e Daniel ainda estava deitado na cama de casal então fui pra cama de solteiro.
-A nada disso! Vem pra cá comigo...
-Não... -Disse fazendo biquinho e virando pra parede. Ele suspirou e deve ter revirado os olhos. Senti que ele se deitou a meu lado.
-Então eu fico aqui com você. -Ele passou passou os braços pela minha cintura e beijou meu pescoço.
-Daniel...
-OK... OK... Eu fico quieto. -Suspirei e fiquei nos braços de Leon pelo resto da noite.
__ POV'S LEON__
No dia seguinte...
Acordei antes de Sarin e fui me arrumar. Kate, minha mãe e Sarin iam preparar o casamento e eu, meu pai e Jane iamos a CIA. Chegamos a sede da CIA, na Virginia, às 10h e fomos direto a sala do diretor geral. Sequer fomos anunciados pela secretaria, Jane apenas invadiu a sala e nós atrás dela. Dentro da sala sentando atras de uma mesa de vidro estava um homem grisalho e músculoso virado para janela, assim que entramos ele virou-se para nós.
-Pai! -Jane grita e vai abraçar o homem grisalho que sorri ao vê-la.
-Pai?! -Eu e meu pai exclamamos juntos.
-Sim, "pai"! Algum problema?? -Perguntou Jane ainda abraçada com o homem-armario da 3ª idade.
-Jane. Que bom vê-la. E onde está a sua irmã? -Pergunta o homem.
-Está ajudando Sarin e Emily nos preparativos para o casamento. Ela deve vir vê-lo amanhã. Pai, quero apresentar-lhe meu namorado. -Jane esticou a mão para meu pai que engoliu em seco e foi até ela. Quase morri de rir, mas tive que disfarçar.
-Agente Longbutton... Hmm...
-Jonh, pai, o nome dele é Jonh. -Passamos o resto do dia resolvendo tudo sobre nossa volta para os EUA e só vi Sarin a noite. Dormimos juntos na cama de casal, mas sem fazer nada! Eu realmente queria chegar a lua de mel!
__Sarin POV___




No dia seguinte...

Kate e Emily vieram me buscar pela manhã pra eu ter o dia da noiva enquanto Daniel tinha sua despedida de solteiro com Jonh. Fiz cabelo, unhas, maquiagem e no fim Jane veio me ajudar com o vestido. Cheguei a capela às 17:40, ou seja, 40 minutos atrasada.
Era uma capela pequena no centro de Las Vegas, meu vestido branco era simples e esvoaçante, o pôr do Sol dava a tudo um tom mais amarelo que combinava com as folhas secas no chão. Kate era minha dama de honra então entrou na frente. Jane, Jonh e Emily já estavam no altar com Daniel. Assim que ouvi a marcha nupcial entrei na igreja, lentamente, bem lentamente, minha vontade era correr, mas eu ia acabar caindo. Um pé apos o outro, andei até Daniel, lindo em seu smoking. Ele sorriu e eu chorei ao ouvi-lo dizer os votos em russo.
-Estou sentado no topo do mundo, estou apaixonado por uma garota maravilhosa e nunca me senti tão bem antes. Se isso é amor me dê mais. Sim, estou apaixonado. -Esse era o meu trecho preferido da música dos beatles que dançamos no mcdonald's e eu sabia exatamente o que iria dizer depois que ele pôs a aliança no meu dedo.
-I'm sittin' on the top of world, I'm in love with a wonderful boy, and never felt so good before. If it's love, give me more. I'm in love. -Acho que acertei, afinal eu não parava de ouvir essa música e Kate disse que eu estava cantando muito bem. Sorri quando o padre disse o "can kiss the bride". Essa parte eu entendi e realmente eu queria beijar o noivo! Nos beijamos e depois saimos da capela ao som de All my loving dos Beatles.
Entrei na casa alugada carregada por Daniel. Consegui convence-lo a ir tomar banho, e enquanto isso eu poderia por meu plano em pratica. No quarto de hospedes estavam o espartilho e a cinta liga branca que vesti rapidamente, liguei o radio da sala já preparado com as músicas preferidas do Daniel e fui pra cozinha. Realmente Kate deixou tudo pronto. Eu só precisava cozinhar.
As únicas coisa que mudei na receita que Emily me deu foi a quantidade de leite, que botei 1 xicará a mais e de fermento que pus 1 xicara inteira. O bolo estava no forno a uns 10 minutos quando Daniel desligou o chuveiro, então abri o forno pra dar uma espiada. O bolo estava simplismente gigantesco e crescendo, eu então pus o dedo nele que explodiu, me sujando com a massa de chocolate ainda quente. Dei um grito que até os japoneses iam ouviram.
-O que houve?! -Perguntou Daniel entrando na cozinha todo molhado e de toalha.
-Eu... Estava... Tentando cozinhar... -Me senti uma estupida. Era pra ser uma surpresa e eu estraguei tudo. Escondi meu rosto com as mãos pra não chorar. Ele se abaixou a meu lado e tirou minhas mãos genyilmente de meu rosto.
-Se machucou? -Fiz que não com a cabeça e ele secou minhas lagrimas. -Então não chore... -Ele me beijou. -Você está perfeita. Tudo está perfeito... -Ele susurrava entre beijos cada vez mais ardentes, as palavras pararam e apenas os beijos permaneceram calorosamente. Ele me segurou pelo quadril colocando-me em cima da bancada, eu amassei seus cabelos com força encaixando nossos corpos. Levantei a cabeça por um momento para olha-lo, mas dei uma cabeçada na estante, ele rapidamente pos a mão atras da minha cabeça me puxando para seus beijos, com a outra mão ele me puxou para fora da bancada, me colocando em seu colo, entrelacei minhas pernas a sua cintura e assim ele me levou até o quarto.
A toalha dele estava em algum lugar do corredor, assim como minhas "roupas". Ele me deitou na cama e ficou sobre mim gentilmente. Nossos corpos, agora com vida propria, tinham chegado a um entendimento alem do amor. Nossas palavras murmuradas pela mesma voz já não expressavam mais do que os gestos, era como se o amor fosse um ensaio coreografico, um movimento chamava o outro, inconscientemente, faziamos essa coreografia sedutora em um ritmo interminavel e adoravel, assim compunhamos nosso bailado.
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