sexta-feira, 27 de novembro de 2009

cap 19 - Sarin


Abri os olhos depois que senti bater em alguma coisa. Krisher tinha me pego no colo.


-Você está louca?! Se atirando da janela desse jeito!




-Vamos embora. Por favor. Não aguento mais ficar aqui.



Krisher parecia imovel mesmo em movimeto. Ele era meu irmão mais velho e por isso me levava no colo e carregava minha mala ao mesmo tempo. Eu acabei adormecendo enquanto chorava em seus braços.





Acordei depois de o avião ter levantado voo. Krisher ainda me segurava nos braços.




-Já estamos chegando. Como você está?




-Eu... Vou me casar com Still... -Disse.


-Mas, Sarin. Tem certeza? -Perguntou ele apreensivo. Fiz quem sim com a cabeça, mesmo meu coração dizendo o contrario.


-Ele... O Daniel... Já morreu? -Perguntei entre lagrimas. Meu pai me olhou voltando a suar. Respondeu cautelosamente apenas em um susurro.


-Sim. -Senti como se aquele sim não fosse minha confirmação e sim minha sentença de morte. Na verdade era isso memso. Minha vida acabava ali, junto com a de Daniel, eu nunca mais o veria. Meu coração estava esmagado.


Assim que desembarcamos na Russia fomos direto para casa, evitando os fotografos.


-Não perca as esperanças. -Disse Krisher. Tentei sorrir e subi pro meu quarto.



Esperanças... Não havia mais em que ter esperanças. Quando o mundo acaba não existe uma esperança... Não havia mais vida pra mim, eu não tinha mais um proposito.


Este mundo é apenas abitado por mim. Não é mais meu mundo, é meu pessadelo. Um pessadelo do qual não posso fugir, nem acordar. Antes era um sonho onde no final meu principe encantado chegava. Não. Esse já não era possivel, já não existia. Por que? Porque o meu principe já tinha deixado esse mundo. E as esperanças? Essas foram vencidas pelas sombras. Já não havia mais dia, nem luz. Meu mundo se tornou um breu.


-Posso entrar? -Pergunta minha mãe sorrindo ao entrar em meu quarto.


-Claro. -Disse e ela se sentou na cama a meu lado.


-Sarin, eu não quero que fique assim. -Disse ela.


-Mãe. Não me diga isso. Não sabe pelo que estou passando. Não sabe tudo o que vivi com Daniel. O quanto aprendi com ele. -Ela corou.


-Sim, filha, eu sei. Eu também já passei por isso. -Olhei-a assustada.




-Como?


-O nome dele era Liksher. Gentil, carinhoso, tinha acabado de voltar da França. Naquela época eu fui tão irresponsavel, a ponto de quase fugir com ele pra lá. Mas não fiz isso. Não consegui. Sofri muito antes de me casar com seu pai.


-Mãe... -Deitei-me em seu colo. Eu não fazia ideia.


-Você vai esquece-lo. Com o tempo. -Disse ela. Ascenti e adormeci.



Sonhei que estava muito frio, eu estava no meio da neve branca, a meu redor haviam manchas de sangue no chão. Eu estava acorrendata, ventava muito. Daniel estava mais a frente pálido e com uma capa negra esvoaçante.



-Por favor. -Pediu ele sorrindo enquanto se afastava. Tentei segui-lo, mas as correntes me mantiam presa ao chão. Era exatamente o que era estar viva pra mim. Estar viva era não poder seguir Daniel, era estar presa em um mundo podre. Depois de tentativas frustradas de segui-lo uma grande tempestade de neve cobriu tudo. Acordei assustada. Eram apenas 2 da manhã.



Eu me casaria dali a 3 semanas. E o sonho pernameceu por todo o tempo de espera.



3 semanas depois...



-Você está horrivel, não sei se pó de arroz vai ajudar. -murmurou minha mãe atacando meu rosto com tonelas de pó de arros, sombra, blush... As úbicas cores que ela me deixou escolher foram a do lápis de olho e da sombra bem escuros. Ela me vestiu como se o fize-se com uma boneca, fez do jeito que bem entendia. Vestido de mangas cumpridas e repleto de pequenos brilhos, sapatilhas brancas com um pequeno salto, meu cabelo em um coque magestoso no alto da cabeça prendendo uma tiara com um daqueles veus que cobriam também o rosto. Eu estava "pronta". Suspirei prendendo as lagrimas enquanto lembrava de quando ia me casar com Still... Se pudesse acontecer de novo. Se ele pudesse mais uma vez se disfarçar e pular o altar me roubando... Seria... Maravilhoso.



Depois lembrei de meu casamento com ele, meu único e verdadeiro amor. Eu nunca iria esquecê-lo. Nunca iria deixar de pensar nele e nem de quere-lo de volta. Ele foi e sempre será o único em minha vida. O único que amei de verdade.


-Vamos se anime! Não fique ai se lamentando. -Disse meu pai sorrindo na porta da igreja enquanto pegava meu braço. Dei um sorriso forçado e as portas da igreja foram abertas. -Você parece um anjo. -Anjo... Era como ele me chamava...


-Anjo, era a pessoa com quem fui casada. -Respondi fazedo-o fechar a cara. Não podia evitar. Era nele que eu pensava todo o tempo.


Entrei na igreja ao som da marcha nupsial, que pra mim parecia mais uma marcha funebre. Andei como que para morte até Still... Mas não era ele que abitava meus pensamentos. O único que tinha um lugar na minha cabeça e no meu coração era ele... O meu Daniel. Deixei uma única lagrima solitaria escorrer por minha face ao pensar em seu nome. Em seu sorriso. Tudo... Tudo tão perfeito... Angelical... Era assim que eu lembrava dele... Daniel... Meu único e verdadeiro amor.

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