domingo, 22 de novembro de 2009

Cap 9 - Leon


Meu pai ia mesmo no meu lugar? Precisei de alguns minutos para digerir tudo que estava acontecendo. Quando finalmente abri a porta do quarto meu pai já tinha ido pra tal missão, corri até a sala e peguei a chave do carro da Jane, se ela ia ser minha madrasta o carro ia ser meu! Sai pela porta da garagem em alta velocidade, mesmo que o carro só chegasse a 80 estiquei ao máximo a marcha. Parei a alguns poucos metros da casa de Sarin e deduzi que meu pai estivesse lá dentro procurando a papelada. Encostei a cabeça no banco e respirei fundo.


Tentei manter meus pensamentos em foco, entretanto, mesmo eu tendo milhões de coisas com que me preocupar meus pensamentos voaram até Sarin, ela era meu único pensamento. Lembrei-me de suas quedas no colégio, da floresta, do nosso quase beijo, dela deitada em meu colo...


Era como se minha vida se resumisse a isso e eu quisesse que ela se resumisse... Era isso! Meus pensamentos sempre iam pra Sarin porque eu queria pensar em Sarin...


Parei de pensar nela ao ouvir um estrondo e logo após meu pai apareceu rolando no jardim da frente. Me abaixei um pouco, mas ainda via do lado de fora.


-Ladrão! -Ouvi a mulher de cabelos vermelhos e roupa preta gritar enquanto sacava a arma atrás de meu pai.


-Código 226, ação 555, Alessandra! -Disse a morena saindo da casa já com a arma em mãos. Me esforcei pra lembrar do treinamento da CIA e não sair gritando feito louco atrás do meu pai. A vida dele dependia disso, eu não podia agir sem pensar. Meu pai levantou os braços rendendo-se e a tal Alessandra o desarmou.


-Marrie, vamos mostrar pra esse playboyzinho da CIA como se faz! -Disse ela sorrindo. As duas começaram a chutar e encher meu pai de porrada. Minha vontade era meter um tiro na cabeça daquelas mulheres. Elas só pararam quando eu buzinei. Me abaixei o máximo, mas consegui vê-las levando meu pai pra um carro e dando partida neste.


-Tente trocar algo por seu pai! -Ouvi e quase pulei de susto ao ver Kate no banco de trás.


-Co-mo?! -Perguntei enquanto ela pulava pro banco da frente.


-Eu cheguei aqui 1º! Eu que queria... Deixa! -Diz Kate e olha pro lado.


-Você ia roubar o carro? -Disse perplexo. Kate, a santinha ia mesmo roubar o carro da irmã e entrar numa missão?!


-O que tem?! Não posso?! -Rebateu ela.


-Não, tudo bem. Está andando muito com o Krisher... -Disse levando um murro no braço.


-Dirija logo galã dos palhaços. Acelera esse carro! -Disse ela.


-Você é mesmo você?! Tem certeza que não trocou de cérebro com alguém?! -Disse segurando o riso enquanto acelerava.


-E você tem certeza que algum dia houve um cérebro no grande breu que está na sua cabeça, galã?! -Rimos juntos. Logo localizei o carro que tinha pego meu pai, mas mantive distancia por precaução.


-Mas e ai, como vai com o Krisher? -Perguntei


-Bem e a Sarin está com saudades! -Disse Kate piscando. Fiquei com raiva! Kate estava roubando meu estilo! E como ela sabia que eu... -A... Lembrece de dormir com uma maçã na boca. Você dorme falando... "Sarin... Sarin..." -Disse ela rindo. Que droga!


-Quer dizer que você fica me vendo dormir? -Disse sorrindo malandro, acho que finalmente peguei ela.


-Não. Só ouvindo. Você fala muito alto... Mas vem cá... Você gosta mesmo da Sarin né? -Ela realmente sabe demais! E não tem como eu me livrar dela!


-Essa pergunta de novo não, Kate! Eu já te respondi!


-OK! OK! Só uma coisa... Sarin ama você. -Disse ela olhando a paisagem.


Amar... Sarin...


Balancei a cabeça pra me concentrar e vi o carro entrar numa ruazinha de terra batida, passei da entrada e parei o carro pouco a frente. Esperei 1 minuto e entrei na ruazinha parando perto do carro onde estavam as mulheres com o meu pai.


-Vamos. -Disse e saltei. Ela saiu depois de mim, mas falou.


-Não. Você tem que fazer isso sozinho. Eu vou me encontrar com o Krisher, ele e os irmãos vão se apresentar numa faculdade. Os pais dele e Rulline já foram, ele e Sarin só vão a meia noite. se você se apressar... Krisher ia ficar cuidando dela, mas...


-OK! -Disse tentando não mostrar minha alegria e perder o foco na missão.


-Pode ficar com o carro. Eu vou correndo. -Disse Kate e saiu correndo. Revirei os olhos e fui na direção da casa de madeira onde elas tinham entrado com meu pai.


Ali com certeza não era a KGB. Elas iam interrogá-lo e eu ia pela 1º vez usar minha arma, saquei-a do cós da calça e chutei a porta. As duas estavam chutando o meu pai, que sangrava no chão.


-Policia! Vim levá-lo pra sede. -Disse engolindo em seco.


-Como podemos ter certeza? -Pergunta Marrie.


-Quer ter certeza?! -Disse e atirei pra cima. Eu me sentia o máximo. Marrie olhou pra Alessandra que se aproximou de mim e passou a mão por meu cabelo.


-Policial é?! Então o que seria ela? Pode me dizer? -Disse ela apontando a arma pro meu pai. Olhei-o inconsciente no chão. Se ele escutasse o que eu ia dizer ia me matar. Com certeza! Balancei minha cabeça afastando a mão dela de meus cabelos.


-Vocês não sabem?! Ele é o lixo dos EUA. A escoria vergonhosa da terra. É lixo e precisa viver com lixo! -Disse apontando a arma pra ele.


-Isso! -Disse ela sorrindo e estalando os dedos. Marrie na mesma hora pegou meu pai e trouxe-o até nós. -É todo seu. -Engoli em seco, guardei a arma e arrastei meu pai pelo braço até o banco de trás do carro. Dei partida em alta velocidade.


Cheguei em casa arrastando meu pai.


-Dora! O meu pai tá machucado. Tome conta dele e se precisar chame a Jane. Eu tenho que ir. -Disse colocando-o no sofá e saindo. Entrei no carro de novo e dirigi rapidamente pra casa da Sarin.

Sarin...

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