segunda-feira, 23 de novembro de 2009

cap 11 - Leon


Amanheceu rápido demais e quando me dei conta já estava na escola. Eu tinha decidido contar tudo a Sarin, mas não falei pra ninguém. Fiquei esperando por ela na porta do banheiro interditado. A escola ainda estava fazia quando ela chegou.


-Oi! Kate disse que você estava me esperando. -Eu a beijei.


-Oi. -A puxei pra dentro do banheiro sem lhe dar tempo pra falar. -Nós precisamos conversar. Sei que vai me odiar depois disso... -Foi a vez dela de me beijar.


-Com eu poderia odiá-lo se te amo tanto?! -Ela me dirigiu um lindo sorriso o qual tive de retribuir.


-Primeiro me escute OK? -Acariciei sua face e ela assentiu -Eu faço parte da CIA e tive que me aproximar pra ganhar informações sobre você e seu pai. Eu menti sobre meu nome, sobre meus pais, sobre tudo. Mas eu descobri que te amo, te amo de verdade e espero que me perdoe. -Ela estava chorando, tirou minha mão de seu rosto bruscamente e me deu um tapa no rosto gritando.


-Como pôde?! Eu confiei em você! Eu te amei! E você mentiu! Você é a pior espécie de canalha do mundo! Eu te odeio Leon Spriicher, ou seja lá como se chama! -Ela ia sair ia sair correndo então agi sem pensar e segurei seu braço, eu precisava me desculpar.


-Sarin, espere...


-Não! Não quero ouvir mais nada! Você tinha razão. Eu te odeio! -Ela me deu outro tapa e saiu correndo, não sei pra onde ela foi, mas eu não fui a lugar nenhum, não podia. Eu não conseguia me mexer. Me sentei debaixo do lavatório e escondi meu rosto nos joelhos, sentinfu-o ruborizar e algo quente e molhado encharcar minha camisa e calça enquanto meus olhos ardiam.


Não sei quanto tempo fiquei chorando ali como um cão sem dono, só levantei a cabeça ao sentir uma mão quente tocar meu braço. Kate estava agachada na minha frente, ela não parecia feliz me vendo acabado daquele jeito, mas também não demonstrava pena.
-Vem Daniel. Temos que ir. -Eu queria empurrá-la, gritar palavrões, correr dali, mas não foi o que fiz, ela ainda era minha amiga, eu sabia que ela não me empurraria, talvez, então me joguei nos braços dela.
-Shhhh. Vai ficar tudo bem, ela está triste e confusa. Dê um tempo a ela. -Kate acariciava meu cabelo ao falar, ela me dava força. Fiz que sim com a cabeça e me afastei um pouco, sentando a sua frente. Mais controlado e agora sem chorar consegui dizer.
-Pode me fazer um favor? -Ela revirou os olhos.
-Claro.
-Nunca conte a ninguém que me viu assim! -Ela riu enquanto nos levantávamos e eu ia lavar o rosto.
-A! Esse era meu melhor trunfo... -Ela riu -Eu prometo. -Tentei sorrir, o que resultou numa careta, então apenas suspirei.
-Obrigado e desculpe, Kate. Por tudo. -Ela sorriu.
-Certo, certo! Isso tá ficando meloso. Vamos embora que eu quero sair a noite.
-Mais um ponto pro Krisher! -eu tentei rir de minha própria piada, sem sucesso.
-Cala a boca! -Ela me deu um soco no braço e fomos pra casa.
___POV Sarin____
Como ele pôde?! Eu confiei nele! Me entreguei a ele! Fui pra casa correndo, pois não podia olhar pra mim mesma. Cheguei em casa, subi as escadas correndo e fui direto pro meu quarto. Meu pai estranhou a casa silenciosa, sem os meus tombos e sorrisos então resolveu ir até meu quarto.
-Posso entrar? -Perguntou ele dá porta.
-Claro. -Respondi sentando-me na cama ainda chorando, mas tentando sorrir.
-O que aconteceu com minha princesinha? -Ele se sentou a meu lado na cama.
-Você tinha razão papai! Odeio os estadunidenses! -Disse deitando em seu colo. Ele acariciou meus cabelos sem entender nada, o silencio tomou conta do lugar e logo adormeci em seu colo.
Levantei algum tempo depois, acordada por um barulho na janela e pela ausência de meu pai. Abri a janela, era Leon, se esse é mesmo o nome dele!
-O que você quer?! -Disse enquanto ele entrava.
-Falar com você! Me desculpar!
-Não temos mais o que falar! E guarde suas desculpas pra você já que não sei se essas são verdadeiras ou se são apenas outra missão!
-Já que é assim. Peço pra não contar nada a ninguém. -Disse ele com raiva se preparando pra pular a janela de novo.
-Não tenho por que contar! -Ele pulou e sumiu na noite. Voltei a chorar, mas desta vez foi de raiva.

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